Escrever… pedido de um amigo querido para registrar o que sinto e no futuro me recordar do que vivi. Bons ventos nos levam a novos caminhos sejam eles quais foram.
Migalha
Como começa a vela
Conheci a vela através de recordações e lembranças do meu pai que teve um veleiro na sua juventude… As histórias de um velejador pouco experiente e aventureiro sempre renderam boas risadas em família, mas sempre me pareceram uma realidade distante da minha.
E olha que sempre estivemos em família no mar. O surf, o mergulho e os passeios de barco sempre estiveram presentes. Mas a vela não fazia parte de nada disso, pelo menos não da minha juventude.
Pousada pé na água
Eis que uma oportunidade para empreender na cidade que cresci surge. Chácara pé na água em Mairiporã na Represa Paulo de Paiva Castro logo transformada em uma pousada. E lá estava a água me convidando para ir.
Então o Stand Up e caiaque se tornaram fáceis de serem praticados. Meu sócio compra um veleiro de 16 pés para fazer passeios na represa com os hóspedes. E começa minha curiosidade.
Semanas depois conheço o vizinho chapeleiro. Artesão incrível que montou um micro estaleiro na sala de casa e começou a produzir veleiros de forma artesanal.
Ver ele com seu veleiro, leve e feliz me fez refletir sobre a necessidade de grandiosos objetivos para atingir a felicidade. A rotina traz felicidade quando dentro dela está a construção sem fim de seus objetivos. Viver a rotina e os objetivos de forma gradativa e contínua no fundo é só o que precisamos.
A partir dali, mesmo sem desejar a vela ainda e mesmo sem compreender. Eu sabia que a felicidade estava na constância das pequenas coisas, nas rotinas daquilo que nos faz bem.
Passou um tempo e a vela, a água, o vento se convergiram e me abraçaram em uma velocidade, uma paixão que virou amor, um amor que se tornou caminho… Como se tudo que eu havia vivido até ali fossem só para me mostrar meu lugar no mundo.
Nem sei o que houve depois…
No fim… bons ventos nos levam a novos caminhos…
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